terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Devanear.



No jardim nada está igual.
É noite, mas ainda posso ver as flores e os galhos grudados, agarrados em uma proximidade que me fez sentir inveja.
O vento está batendo em meu rosto e eu sinto frio.
Os pingos de chuva começaram a cair, mas eu não me incomodo.
Estou tendo devaneios nunca sentidos antes, acho que tenho medo. Medo de nenhum desses virarem realidade.






Estou tentando voltar a ativa e já voltei a escrever.
 Em breve o blog estará de cara nova e textos fresquinhos. Rs.
Saudade de vocês, queridos.
Um beijo!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Não é uma dor, uma saudade,um aperto no peito ou até mesmo a solidão que irá me derrubar.
Não é um sorriso, um buquê de flores, um dia ensolarado ou até mesmo a calmaria ao meu redor que irá amansar meu coração.
Quero um dia nublado, mas com você do lado, acolhendo-me, aquecendo-me. Quero reconhecer que somos formiguinhas inocentes, mas que podemos carregar, em conjunto, o nosso alimento; podemos construir nosso lar para esperar o inverno e passá-lo em paz. Quero todos os 365 dias sem dor, sem lágrimas, sem visão ofuscada.
Preciso do amor. Enfim, o amor. Para libertar a alma, para colorir o rosto, para brilhar os olhos. Quero o amor com toda a pureza que há. O amor com o fogo que arde nossos corpos, que transpiram as mãos, que tremem as pernas. O amor que me faz flutuar, que me permite gritar e não ensurdecer ninguém ao meu lado.
Na verdade, eu quero a pura, a calma, a eterna paz!



Perdoem-me o sumiço tanto aqui quanto no blog de cada um.
A vida anda corrida. Os pensamentos não se organizam e por isso peço desculpas
também pela falta de criatividade no post.
Ando esperando a ação do tempo para reorganizar a minha alma.
Enquanto isso, eu vou visitando cada um aos poucos
e postando sempre que possível.
Um beijo a todos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Em vão.


Não queria perceber que todo aquele sentimento tinha sido em vão.
Em vão foram os dias que por vezes sorri ao lembrar do teu sorriso. Em vão foram as vezes que chorei junto contigo, segurando tua mão. Em vão foram as noites que nos tornávamos um único corpo.




Pensando bem, será mesmo que, se é em vão, é amor?

sábado, 24 de setembro de 2011

Um amor incondicional.

A minha solidão era impossível de ser descrita. Toda aquela mesmice diária andava consumindo o resto da alma que ainda, trôpega, resistia.
Conversava com a minha parte mais tímida, mas ela mal me respondia. A minha respiração a cada dia falhava mais e mais. O ar parecia estar rarefeito.
O surpreendente disso tudo é que existe alguém do meu lado. Na verdade, sempre existiu, mas eu, humana e defeituosa como sou, nunca quis perceber.
É alguém que seca as minhas lágrimas carinhosamente, alguém que beija minha testa e respira por mim. Alguém que me sustenta e não me deixa falhar.
Eu só tenho a agradecer por tua presença em mim. Pelo teu espírito derramado na pessoa fraca que me torno quando estou longe de Ti e pelo coração novo que o Senhor me deste.
Cristo, eu te amo!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Não mais precisar.

Procurei nos quatro cantos da casa aquela paz que antes habitava minha alma, procurei o calor que protegia meu coração do frio da solidão. Agora, o meu membro central está desencapado, como um fio que maltrata qualquer um que nele tocar.
Não tente trazer as palavras que antes me confortavam, afinal o tempo passou para mim. O tempo passou para nós. Não preciso mais do ar úmido que soprava minha nuca e arrepiava o meu corpo. Não preciso nem mesmo daquelas noites de amor que por horas e horas nos transformavam em um só. Unidos. Apaixonados.
Cortarei as lágrimas que ainda rolam, expulsarei a dor que ainda me corrói. Livrarei-me do meu eu que te deseja e convidarei o meu ser que te destrói.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pesada e cansada.

Clara acordou abraçada com a solidão e com o fardo pesado da saudade.
Aquilo tudo não acontecia há alguns dias e não ficou surpresa ao receber aquela velha e companheira maré de tristeza.
Seus dias corridos não a deixava lembrar de sua família,amigos e vida (sim, sua vida, afinal, aquilo que agora faz não é viver), mas qualquer deitar de cabeça no seu querido travesseiro, automaticamente, arrancava as lágrimas que doíam ao cair.
Aquelas paredes que a trancavam em um quarto quente e fétido, não guardavam recordações e sentimentos. Os velhos e bons sentimentos de sua vida passada, de sua vida vivida. Ao contrário do seu coração, agora, um aperto no peito, que leva junto com ela, todo aquele amor que antes exalava Clara, que transmitia através do seu suor, que transparecia no seu sorriso.
Hoje, sente-se pesada e cansada, pesada demais para sair da cama e cansada demais para tentar espairecer ou até mesmo para procurar mais uma vez o amor, o maldito amor que tinha abandonado de vez a moça.
Então preferiu ficar ali: imóvel, transpirando, agarrada com seu amigo fiel que sempre enxugará suas lágrimas. E amanhã, quem sabe, o dia brilha dentro da alma de Clara?

domingo, 4 de setembro de 2011

Acompanhe-me.

Procurar a felicidade não se resume em encontrar a cara metade, possuir o melhor carro, ter as melhores roupas, ou tantas outras futilidades que não caberiam aqui, mas sim, possuir um sorriso estampado no rosto, corações atrelados ao seu com afeto e amizade. Hoje eu resolvi não falar da dor. Resolvi levantar com o pé direito e sorrir a cada assobiar dos pássaros.
Façamos o seguinte ... Sorrirei para a vida e você acompanhará meu passo!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para a minha flor de lis.





Minha flor de lis. Lembra quando te chamava assim, querida? Aí você vinha dizendo que não sabia o que era lis, por isso não queria ser chamada dessa maneira.
Perdoe-me, filha , por ter esperado 17 anos para escrever-lhe uma carta. Perdoe-me também por não ter salvado você daquele acidente terrível, perdoe-me por ter te deixado partir. Apenas agora criei coragem para falar sobre isso, filha. Aqui em casa, ainda sinto tua presença. Seu quarto continua do mesmo jeito que você deixou ao sair com seu namorado que também nos deixou.
Acho que não deu tempo de ensinar-te como a vida é de verdade. Não deu tempo de falar sobre os rapazes que se drogam, que bebem, que dirigem, que matam, assim como aquele, aquele que te ...
Perdoe a minha fraqueza, eu sei que você está bem, sei que está sorrindo aí do alto e sei que pedirá a Deus para mandar forças para eu suportar a dor maior da minha vida. Sei também que você está ocupando seu posto, cumprindo as suas tarefas, afinal, você é um anjo, minha lis.
Esta carta, na verdade, é apenas para agradecer os dezessete anos que você me fez sorrir. Agradecer pelos abraços e pelos carinhos que você sempre me deu. Agradecer pela filha maravilhosa que você é e sempre será. Agradecer pelo cheiro da flor de lis que ainda exalo aqui nas suas roupas, no seu quarto, na nossa casa, no meu coração.
Aproveito para te pedir uma coisa, minha querida. Não deixe o sentimento de vingança invadir meu coração, apesar de ele já está batendo na minha porta agora. Afaste-o de mim e permita que eu seja um anjo assim como você.
Amo-te muito, minha florzinha de lis.








Acidente real em João Pessoa-Pb no mês de Julho,
ocorrido na Av. Epitácio Pessoa, na madrugada de um sábado.
Um rapaz embriagado, avançou o sinal vermelho e bateu seu carro contra o das vítimas onde também estava o pai da "flor de lis", o único sobrevivente.
A carta também é real, porém, essa foi uma invenção minha.
A verdadeira carta foi publicada em uma revista do estado da Paraíba.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Por saudade.

Aquele ar úmido beijou meu rosto quando eu abri a porta, mas em troca recebeu minha careta de desagrado.
Tudo continuava como antes: As paredes mofadas, os móveis e sofá cheios de poeira, que fez o favor de entrar em minhas narinas e me fazer soltar um grande espirro. No quarto, a cama ainda estava desarrumada. Após quanto tempo? Um mês eu acho, não me lembro. Nas minhas malas estavam a saudade, a dor e as lágrimas que fizeram o favor de molhar minha face e arder meus olhos. Perguntava-me por que eu, e logo após, o porque não eu.
Ao sair, os mesmos rostos, ou talvez, a falha da minha memória ao não perceber o quanto tudo mudou.
O meu maior desejo agora era acalmar o coração e pedir para ele ter paciência, ao menos um pouco, mas não consigo. Não sei o motivo, mas ele lateja tanto que tenho medo de pular para fora de mim. Sim. Ele conseguiria sair apenas latejando e não pulando. Consegue sentir o meu drama?
Tudo bem, eu sei que existe problemas piores do que sentir saudade, chorar de saudade e morrer por saudade, compreendo. Mas eu nunca senti tanta dor e até agradeço por isso, uma vez que, se esse sentimento (ou sei lá o que se chama, sofrimento, talvez), aumentar, eu não suportaria. Pois é, eu sou fraca, mas não desisto. Continuarei pedindo para o coração ter calma e engolindo-o a seco a cada subida na minha garganta.




Peço desculpas aos meu queridos leitores pelo post  tão sem graça.
O meu coração não consiga assimilar nada e as ideias estão confusas na minha cabeça.
Peço desculpas também, pelo tempo que posso ficar sem aparecer aqui.
Ao voltar, não esquecerei de vocês.
Um grande beijo.

Miri Fernandes.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Falsas juras.

Os meus músculos se atrofiaram, logo esses, os que eram capazes de me livrar de toda aquela dor que ainda invade meus pulmões, estômago, intestino e tudo mais que há em mim. Por alguns dias, eu jurei que nada daquilo voltaria a acontecer. Conversei com minhas lágrimas e elas tinham me prometido que não iriam mais borrar meu rosto ... Tudo em vão.
Havia tentado esquecer o sonho do próximo e realizar o meu, mas aquele, comoveu-me.
Por mais que eu tentasse seguir o meu caminho, as minhas pernas possuíam vontade própria e resolveram me contrariar, foi pro lado oposto. E agora estou aqui com o rosto molhado mais uma vez, com as pernas cansadas de andarem e não conseguir traçar o caminho correto.
Tentarei de outra forma, não sei a qual. Sentarei um pouco e pensarei por alguns instantes. Eu só quero que uma luz ilumine minha mente.
Enquanto isso não acontece, eu fecho os olhos e vejo você!

sábado, 6 de agosto de 2011

O bonde.

Atrasei-me, confesso. Eu estava arrumando a bagagem, tentando não esquecer da saudade que ainda está em mim, do desespero e da falta de coragem. A mala estava pesada, cansada do fardo que leva toda vez que invento de ir pegar o bonde. O problema é que eu nunca consigo embarcar, sempre me atraso. Já tentei mudar a minha rotina quando chega o dia, mas algo parece segurar o ponteiro do relógio e depois soltá-lo numa velocidade impressionante, não dá tempo para eu me organizar.
Dessa vez, doeu meu coração ver o bonde partir. Já estou cansada de me preparar para essa viagem, sem contar que o bonde estava repleto de ... de ... de? - Não sei mais. Acho que nunca soube, afinal nunca subi no bonde. Mas eu acho que.. acho que ... - Já não acho mais nada. Agora estou aqui, mais uma vez, sentada na cama, desarrumando as malas e entregando para mim a saudade, o desespero e a falta de coragem. Pois é, perdi mais uma vez o bonde. O bonde do amor.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Noites sórdidas.



Escute-me, por favor. Não desligue agora. Se quiser, pode ficar quieto, eu me contento com o ruído da tua respiração que me deixa sem fôlego.
Meu bem, ainda lembro daquele dia que nos encontramos pela primeira vez. Você com uma camisa tão colorida que fazia brilhar meus olhos (ou seria tua presença o motivo desse brilho?), eu com um vestido cinza, sem cor alguma que pudesse ofuscar tua vista e acho que isso foi pura sorte, afinal, teus olhos, ainda assim, brilharam mais que os meus e eu pude ver o amor que você tinha para me oferecer. Agora, eu já não o encontro mais e não sei por qual razão isso foi nos acontecer. Talvez pelas visitas inconstantes ou pelos dias que nos faltaram, eu ainda posso imaginar que tenha sido pelo fato de não ter encontrado com você de verdade. Acho que te criei ou reinventei, não sei. Tudo está tão confuso. Não consigo achar a luz que antes explicava todas as minhas in-sanidades. Tudo bem, desculpe, não falarei mais isso, mas por favor, continue em silêncio, prefiro-o ao invés da tua voz ardente que me deixa excitada e, provavelmente, me fará cansar o dedo indicador. Pare, pare. Não insista. Deixe-me falar mais uma coisa. Lembra do teu violão? Pois é, continua aqui, no mesmo lugar que você deixou após tocar aquela linda música, a minha favorita para completar. Está empoeirado, não posso negar. Perdoe-me, é por que eu não criei forças para tocá-lo, ele possui algo que murcha minha alma, arde meus olhos com as lágrimas, como agora, querido. Dê-me um tempo para eu me recompor. Desculpe mais uma vez. Ai, espere. Poxa, não vou conseguir. Amanhã eu ligo novamente e , por favor, atenda-me, pois agora a dor me abraçou e tuas lembranças me invadiram, não sou mais aquela moça resistente de antes. Você se foi e levou todas as forças que em mim existia, além de todo o amor que eu possuía e que eu ainda teria para doar, você carregou. E agora? Ficarei com a dor aqui, ela é a minha melhor amiga, a mais fiel companheira que eu poderia arranjar. Boa noite, meu bem. Até amanhã.

domingo, 24 de julho de 2011

Inexplicável.

A dor do vazio corroendo seu peito. O transparecer da alma. Todos os sentimentos vislumbrados em um espelho que agora reflete a tristeza mais profunda que possa existir. Nostalgia presente e um resquício de saudade. Na verdade, tudo escorreu entre os dedos, não há mais nem sequer uma ponta. Extremidades quase juntas, o meio foi desfigurado. Ouça, perdoe-me. Não dá mais para ouvir. Até a respiração, agora é só um sonho.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Uma espera.



Aquela mesma música ainda soava na vitrola antiga. Os papéis, ainda brancos, continuavam na escrivaninha, apenas ocupando espaço, afinal, já tinha desistido de escrever depois das minhas tentativas frustradas.
Teu cheiro impregnado nas minhas narinas, teu suor ainda grudado no meu corpo que ainda se encontrava quente, e você, meu querido, ainda ali, deitado em nossa (ou apenas minha, não sei,) cama. Minha vontade era  não te deixar mais sair, ou até mesmo te deixar dormindo enquanto eu admirava tua serenidade e teu belo rosto.
Eu confesso, o destino foi cruel conosco, mas acho que não nos esforçamos nem um pouco para que nossas vidas andassem juntas. Talvez tenha sido melhor, afinal, a cada reencontro eu sou capaz de jurar que nada, nunca, irá mudar.
Então, querido, fiquemos assim... Esperando-nos, você me entende?

sábado, 25 de junho de 2011

Um tempo e só.

Não que aqueles dias estavam sendo tristes. Anice começava a descobrir coisas, conhecer lugares, mas para isso ela sumiu um pouco, esqueceu do coração que ela leva ainda dormente por conta das desilusões, saiu de si e entrou em nós, se é que você me entende. Tudo mudou de forma inesperada e Anice, moça ingênua, não sabia como lidar com aquilo, vivendo, então, um dia após o outro, com a esperança de que aquela era a única forma de respeitar o tempo e o limite de tudo, inclusive o seu.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Já é insistência.

Deu-se conta do quão sumida estava. Deu-se conta da sua falta de sorrisos, da sua falta de estar presente. Deu-se conta da falta de si.
Por instantes, olhou-se no espelho e nada viu. Sem brilho, sem luz, com lacunas, com invisibilidade.
Procurou-se dentro de cada alma que com ela ainda permanecia. Procurou também dentro dos pedaços espedaçados que em si ainda havia. Nada!
O único segredo para mim é a falta de surpresa dela para com todos esses fatos. Não era assim que aquilo tudo costumava acontecer. Mesmo assim, ela continuou a se procurar, mas sabia que sem você, nada ela iria encontrar!

domingo, 29 de maio de 2011

Sonhar, amar.

Ela está sentada na areia.
Sonha. Fecha os olhos e sonha. Não sabe ao certo com o quê sonha, mas sonha tendo um sonho bom.
Ela espera a sua chegada.
A brisa, sem querer, a acorda do seu sonho.
Ela decide. Não quer mais sonhar, quer acordar, levantar, despertar.
Não mais amar, amar. Não sonhar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Um recado.

- Não procure em mim o que falta em você!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Apenas venha.


Isso é para quando você vier e se não vier, esperarei mais um pouco.
Será apenas mais um dia sem sorrisos, sem abraços largos e bem dados. Mais um dia sem o ar, sem o sol e sem ouvir o cantar dos passáros. Então venha. Não demore, aperte os sapatos e comande-os. Peça para eles andarem um pouco mais depressa. Não deixe eu tentar me recuperar sozinha. Você sabe bem que eu te necessito, sabe que não consigo ficar sem ouvir o bater de teu coração clamando pela minha boca.
Eu só peço que venha com o amor, mas o amor puro. Não aquele amor que tenho visto por aqui. Traga o amor verdadeiro em suas mãos. Doe ele para mim. Complete o meu ser, meu ver, meu amar, meu você. Não venha com apenas um sorriso e a vontade ardente de me ter. Venha carinhoso. Sim, como antes. Venha com o brilho nos olhos e com o coração pulando por saber que estará ao meu lado. Entre pelo portão que há muito tempo não se abre mais. Venha com as mãos suadas de ansiedade e com a pernas trêmulas por tanto amor. Venha, venha. Não demore sequer um segundo mais.
Aproveite e traga aquela felicidade que deixei deitada na cama junto com os nossos lençois. Pegue os meus sorrisos também. Não esqueça de nada. Por favor, traga-me de volta.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

No confessionário...



"Na verdade , eu vim com o objetivo de me sentir amado mais uma vez. Desculpe a minha vestimenta, o meu odor e meu barulho que, apesar de  dentro de mim, é incontrolável. É que há três dias não como nada. Ãhn? Não, não. Obrigado. Até água fere o meu estômago. Então, eu vim  mesmo para ouvir a palavra acolhedora. Por que não vim antes? Desculpe-me . Essa semana eu tava cheio do bagulho, o senhor sabe, ? Preferi me esconder e cheirar aquelas pedras em tempo record. Eu consegui, acredita? Dormi durante dois dias seguidos  e quando acordei vi minha falecida maizinha, foi porque dois dias depois ia ser dia das mães. Isso mesmo. É, foi ontem. O senhor acha? É, pode ser  que eu ainda tava noiado. Uhum, sei. É verdade. Mas... É, eu sei. Tô ligado. Consigo não, senhor. Acho que dessa semana eu não passo. É como eu disse, vim só pra me sentir amado pela última vez, Lá fora ninguém sequer me olha, todos tem medo de mim e acho que com razão. Queria sair dessa, mas já chegou o meu fim.  O senhor me desculpe, viu? E que o Senhor me perdoe."
Sem ao menos ouvir a última palavra do padre, Alberto saiu da igreja com lágrimas nos olhos , sabendo que aquela  tinha sido a última visita ao lugar  que acalmava seu coração nos momentos de lucidez.  Apesar de ser dependente há 12 anos, ele tinha consciência dos males causados pelas drogas ( e quem não tem? ). Agora ele já sabia qual seria o seu próximo passo, sem volta: a morte.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Reviravolta.




E, surpreendentemente, sentiu uma pontada de esperança. Assustou-se, afinal, aquilo não acontecia há meses. Abraçou aquela calmaria que invadia seu coração, sem motivos, deixou as lágrimas rolarem sem dó. Uma serenidade que forçava seus lábios a se abrirem com facilidade. E aí, enfim, deixou as águas se misturarem com aquele sorriso largo.
No fim da emoção, deu-se conta de que era o fim. O fim da solidão, afinal valia a pena estar ela com ela, sem conflito, em paz, o fim da dor, pois essa depende da sua vontade. Apenas a saudade permaceria. Mas, dessa vez, iria ser uma saudade gostosa de ser sentida. Uma saudade que nos traria mais um sorriso a cada recordação.
Percebeu, então, o quanto era bom estar bem. O quanto é bom se sentir viva, em paz, no recomeço e , principalmente, com forças impulsionadoras!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mais um desabafo.

Venha, meu querido.
Toque em dó, ré ou em mi.
Não faça isso. É amor te.


 
-


 
Olhei em  volta e percebi quantas diferenças ali existiam. Perguntei-me se ao menos uma pessoa pensava da mesma forma que eu. Não sei. Achei tudo confuso, tudo rápido. Tentei arrumar meus pensamentos, mas eles vinham como em uma chuva que não espera um pingo chegar ao chão para cair o próximo, mesmo que ela seja apenas uma garoa.
Não queria discorrer mais um texto sobre a minha saudade, a minha dor ou solidão. Eu sei que todos sabem o que significa cada palavra dessa. Sabem o quanto ferem nossa alma e o quanto lavam nossa face.  O problema é que não tenho encontrado muita inspiração para falar sobre outras coisas, na verdade eu não tenho feito algo que possa proporcionar essa tal inspiração. Acho que essa devia vir sem motivos , não é mesmo ? Então peço desculpas pela minha falta de criatividade e acabo repetindo mais uma vez : A saudade está me corroendo, a solidão não me desgruda e a dor me fere com uma faca, sem dó, aos poucos.

sábado, 23 de abril de 2011

Conflito Constante.

Os olhos pesados de Alice foram obrigados a se abrirem por conta daqueles barulhos vindos da cozinha.
Aquele seria mais um dia acompanhado pelo tédio.
Alice forçou seu corpo a se levantar da cama que lhe abraçava carinhosamente. O travesseiro tem sido seu amigo leal, seu confidente, o único capaz de secar as lágrimas que caíam toda noite. Virou rotina e Alice acostumou-se com essa vida.
Foi ao banheiro e deu um "bom dia" para aquelas pessoas que atrapalharam seu sono. Essas, mal responderam a moça que logo percebeu, mais uma vez, o quanto era indesejada ali.
Quis não estar passando por aquilo tudo, mas lembrou das palavras carinhosas da sua mãe:
"Filha, não vai ser fácil. Terá dias em que acordará cansada, pensando em desistir. Mas persista. É a sua vida, é a nossa vida. Você é capaz e sabe muito bem disso. Lembre que eu estou sempre aqui e que eu te amo demasiadamente."
Alice não encontrava mais palavras para descrever seus sentimentos, suas dores. Tudo saía da mesma maneira, sem novidades. Não conseguia mais encontrar os amigos e derramar as lágrimas em seus ombros. Sentia-se perdida. Era só ela e sua alma em constante conflito.
E assim iria ficar por muito tempo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O de sempre.

Procurei algo para ser feito naquela manhã gélida e escura. Ninguém presente para ouvir minhas aflições. Nenhum objeto que pudesse ser capaz de atrair minha atenção. Nenhum cheiro que me fizesse delirar. Um nada. Um oco.
Aqueles últimos dias tinham sido o ápice da depressão. Aquela chuva fininha me matava de saudade, aquele vento frio me lembrava dos abraços e cobertores que repartíamos. Nada agora poderia explicar aqueles sentimentos que perambulavam pela minha mente sem me deixar pensar.
Na verdade, os ruídos existentes eram só o da minha respiração. Meu coração não mais batia, meu sangue não mais corria pelas veias. Tudo ficou estático. Sem motivação para realizar seu traballho vital dentro de mim. E era assim, realmente, que eu me sentia. Morta.
É, eu, mais uma vez, estou falando de saudade.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um bom amigo.


Traga-me mais uma dose de solidão. Não vivo mais sem ela. Tão companheira e carinhosa, gosta de me deixar calada, mas é paciente. Entende-me com frequência.
Estou viciado nela e ela em mim. Não queira você tirar a minha bela amiga daqui.
Tão confidente e sempre bem humorada. Ouve-me e não reclama. Só insiste para que eu seja amiga de seu amigo.
- Amigos em comum a essa altura, solidão?
E lá vem o tempo dizendo que, enfim, secará todas as minhas lágrimas.



Trecho de Um bom amigo.
(It's mine)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Meus cem, sem.


Sem inspiração,
Tudo sem nexo.
Sem cor,
Sem sucesso.
Tudo sem.
Sem beleza,
Sem vida,
Sem dor.
É, estou sem cem R$.


Trecho Meus cem, sem.
(Meu)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Somar, subtrair, multiplicar, dividir.

Está como uma ferida aberta, exposta ao ar. O sangue não se estanca. A dor não passa. E a fagocitose está sendo feita ininterruptamente. Mas é aqui, isso tudo está dentro do meu membro principal, dentro do meu pulsar vital. Entre meus pulmões ou fígado e estômago. Não sei mais.
É como um caminho longo, aberto, de livre escolha, mas que você sabe que está perdido. Uma trilha. Raízes entrelaçadas e pronfundas.
São esses laços que me fazem cair na cama, que me fazem não querer acordar pela manhã. Como naquelas manhãs que eu levantava sorridente e disposta a viver mais um dia que foi oferecido a mim.
Tudo estranho, escuro, contrário. Como os números negativos que tem módulos positivos.
E isso é um conjunto de tudo que foi feito anos antes. Como os números naturais que estão contidos nos números reais.
Agora estou aqui. Vendo aquelas equações, somando, subtraindo, multiplicando e tentando dividir essa dor que insiste em se esconder apenas em um espaço. Ela não consegue entender que pode possuir dores iguais mas em lugares diferentes, não precisando, assim, acumular tudo em um só canto, como os vetores, que podem  ainda mudar o sentido e consequentemente ser coisas diferentes do que realmente são. Quem sabe um futuro preenchimento que me tire desse vazio e me faça ver mais coisas além de números e definições de funções, continuidade, limites, derivados afundados naquele quadro de giz ?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Uma covardia.


Abriu um sorriso quando viu mais uma boneca em sua cama. Com apenas oito anos, a pequena Nina, sentia-se abençoada pelo padrasto que Deus tinha concebido em sua vida.
Seu pai falecera quando ainda muito nova, nem sequer lembrava de seu rosto. Sua mãe, Antônia, era uma mulher bonita, bem vestida e bem sucedida. Atraía muitos olhares e por onde passava tirava atenção e susurros de homens e mulheres invejosas.
A vida de Nina era como a de qualquer outra menina que tinha sua idade e uma família como a sua. Estudava em uma das melhores escolinhas da cidade, era a mais elogiada e aplicada da turma. Aos finais de semana Nina ia para a casa de seus avós maternos, em um sítio. Era lá que Nina se libertava ainda mais. Corria atrás das galinhas, pegava seus ovos no galinheiro, andava a cavalo, subia em arvóres, caía das arvóres, ria a cada tombo, à noite sentia o seu corpo latejar por conta de cada queda, até atrás das vacas Nina corria e logo em seguida corria delas. Uma vida perfeita, com uma família perfeita, em lugares perfeitos.
As últimas semanas tinham sido gloriosas para Nina. Seu padrasto, Humberto, deixava em sua cama bonecas. Cada uma com cabelos, vestidos, cantorias diferentes. Nina adorava. Adorava ainda mais o jeito de Humberto. Olhos claros contrastando com seus cabelos escuros, sorriso longo e brilhante, corpo robusto, mãos grandes e assustadoras, mas que nunca, até aquele momento, tinham tocado na menina frágil e inocente.
E a cada semana um agrado diferente:doces, brinquedos de diferentes e inimagináveis tipos, roupas, calçados, passeios. Aquilo tinha se tornado muito melhor do que estar no imenso sítio de seus avós.
Em um certo dia, Antônia se recusou a mais um passeio daqueles.
- Ir ao parque, sentar em um banco velho e sujo de areia, areia essa que chega aos nossos olhos jogada por aqueles garotos sem educação. Eu não vou. - Resmungava a mãe.
Nina implorava, dizia que sem ela não teria graça, chorava, emburrava, fazia cara feia, mas naquele exato (maldito) dia, sua mãe não arredou o pé de casa. Mesmo assim, Nina e Humberto foram, a menininha cabisbaixa, sentindo a falta da mãe em mais um passei divertido e Humberto estranhamente feliz, com um sorriso mais longo do que o natural, mas esse fato passou despercebido pelos olhos de Nina que apenas olhava pela janela do carro. Foi então que viu passar o parque que sempre visitavam, deu um pulo.
- Você nao viu o parque? Já passamos. - Nina balbuciou com uma voz trêmula por conta das lágrimas que havia derramado para sua mãe.
- Hoje eu vou te levar em um lugar melhor,minha princesa.
Aquela não era a voz que Nina ouvia quando agradecia por mais uma boneca e ele dizia que ela merecia muito mais. Estava mais grossa e firme, acompanhada de um olhar nunca visto, algo totalmento novo. E isso assustou a menina que naquele momento achou que era melhor ter ficado com sua mãe.
- Não quero ir, quero a minha mãe. Não com vontade de conhecer lugares novos, ainda mais sem ela. Por favor, vamos ... - Foi interrompida por um grito que quase a surdou.
- Vamos para onde eu quiser, garota. Sua mãe, sua mãe, sua mãe, eu existo você não vê? Ajudo em tudo que você precisa. Compro o que quiser, faço sempre seus desejos, você não sabe reconhecer?
Nesse momento, Humberto, furioso, já havia parado o carro em uma rua por onde não se via ninguém, não se ouvia nada, só ele berrando feito louco enquanto as lágrimas de Nina começavam a manchar seu belo rosto pela segunda vez naquele dia.
E ele continuo a falar, mas dessa vez, não tão alto, enquanto tirava o cinto de segurança e aproveitava para tirar seu outro cinto, pulou pro banco de trás e fez a mesma coisa com o da menina assustada e trêmula.
- O que tá fazendo? Onde estamos? Quero ir embora, ir embora!
Nina já não conseguia pensar, aquele não era seu padrasto, ele estava completamente fora de si, suava, sorria, gritava e Nina não compreendia nada. Ele tirou sua blusinha rosa com decorações de Barbies, Nina tentava de alguma forma interceder naquilo, não tinha forças. Então tirou seu short jeans e estiloso, suas sandálias. Apalpou-a. Nina tremeu ainda mais. Dessa vez foi ela quem começou a berrar. Tão inteligente que era, o que deixou passar? Começou a entender os motivos dos presentes, das gratidões enquanto lembrava e se arrependia de um dia ter agradecido a Deus pela existência daquele homem.
Ele a maltratou da forma mais cruel que alguém pode maltratar uma criança. E por algum tempo a menina ficou ali, gritando de dor e pensando no quanto aquilo mudaria a sua vida.
 

- DIGA NÃO A PEDOFILIA. UMA COVARDIA!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Você em mim.

Então lembrei dos beijos ardentes, dos lábios entrelaçados, das línguas visitando cada canto da boca. Lembrei dos dias de glória, dos dias em que saíamos e brincávamos no parque feito crianças e com as crianças. Recordei da nossa primeira noite de amor, daquele quarto lindo, com rosas, com velas, cheiros bons, músicas românticas, como em um filme, uma novela, uma minissérie, algo que não fosse a realidade.
E por fim me lembrei também da nossa despedida. E quão triste foi essa despedida. Tão triste que nem me recordo de detalhes. Acho que me fiz esquecer. Não sei. Não sei nem mais se teve despedida. Teve? Alguém aí pode me ajudar? Acho que não. Ninguém pode, ninguém nunca pôde. Nunca conseguirão arrancar a dor que me aperta o peito, as inconsequências que esse amor me trouxe. Mas não tirarão também as lembranças que passam em minha mente como em uma série de tevê. O seu cheiro continua impregnado em meus lençois. Os lençois que ainda não foram lavados, os mesmos que me agarro toda noite, os mesmos que secam minhas lágrimas que insitem em molhar a face.
Ainda escuto seus passos vindo em minha direção. Ainda sinto teus braços quando abraço alguém.  Ainda lembro do teu sorriso brilhante e acolhedor que parecia me chamar para viver intensamente.
Como você se foi ? Olhou para trás ? Sente minha falta? Eu sinto, sinto, sinto e continuo a sentir você em mim.

domingo, 6 de março de 2011

Inevitável.

Foi até a janela. Não encontrou nada que agradasse a sua vista.
July andava cabisbaixa. Sua mãe não tinha mais ideias para tentar animá-la. Fizera festa, comemorações sem razões, mas nada alegrava a pobre moça de 16 anos.
Mulata, cabelos lisos e curtos -July achava melhor por causa do calor-, olhos negros e, agora, profundos, com olheiras visíveis e marcantes.
A moça passava horas e horas com o olhar fixo em um só canto, que às vezes chegava a assustar a sua mãe, que enconstava em July e balançava a menina, pensando que talvez ela estivesse morta. (Tão ingênua a pobre mulher).
July via-se perdida, sem motivos para continuar vivendo. Pensava em acabar com todos aqueles dias que apareciam sem o sol, acabar com aquela chuva que não lavava a sua alma. July andava desesperada, com a cabeça latejando e sem remédios que a curasse.
Já tinha ido ao hospital, por insistência da mãe. O médico por sua vez, disse que a moça tinha saúde melhor do que a de muitas pessoas.
A mãe a cada dia preocupava-se mais.
A moça não comia, não saía, não levantava da cama.
Em uma certa noite, a mãe foi acordada com os gritos da sua filha.
"JOOOOORGE, NÃO VÁ." - Berrava July.
A mãe então, ficou ali estática, tentando lembrar quem era Jorge. E a moça continuava:
" Jorge, eu te amo tanto. Por que você me deixou? Volta, volta, Jorge. Não ..."
Os berros foram trocados por sussurros quase inaudíveis. A mãe caiu nos seus pensamentos, não mais ouviu a moça e pouco a pouco foi juntando as peças.
Jorge era um rapaz de 18 anos. Neto da vizinha. Tinha vindo passar férias na cidadezinha. Cursava Engenharia Civil na cidade grande. Há meses tinha ido embora. Então, ele era o motivo da depressão de sua pobre filha? O que ele fez para que July ficasse daquele jeito?


- A mãe de July nunca tinha sentido o amor aflorar e com isso não tinha sido amada também. O pai da moça tinha sumido no mundo. Foi o único homem daquela infeliz mulher. Foi só uma noite. Ele só queria um prazer. July veio junto com esse deleite, mas a sua mãe nem sabe por onde anda seu pai.
Por esse motivo, ela nunca descobriria o que tinha a sua filha.
Como pode uma pessoa viver sem o amor?
Como pode alguém nunca querer morrer por causa dele?
Certo de que esse nem sempre faz bem, como não fez a July, mas não senti-lo nunca é como se vivessemos sem o ar. É inevitável.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ciclo Essencial.

O essencial é encontrar você sentado à escrivaninha, dizendo que me ama loucamente e que está a discorrer mais um capítulo da nossa linda história de amor.
O essencial é ver o brilho dos teus olhos quando saio dizendo que vou  voltar e quando volto encontrar você sentado à escrivaninha dizendo que me ama loucamente.
O essencial é fazer amor por horas seguidas e mesmo pingando suor ainda pela manhã, ver o brilho dos teus olhos quando saio dizendo que vou voltar .
Ventar.
Vento ciclonal.
Círculo.
Ciclo Essencial.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Saudades, é só isso.


Assustou-se. Não sabia o que tinha acontecido, se era sonho ou realidade. Preferia esquecer. Tentou pegar no sono mais uma vez, mas ele tinha decidido dar uma volta e ela não percebeu. Então, Ana se levantou, olhou-se no espelho pequenino do banheiro mal iluminado por conta dos problemas na instalação elétrica. Deu uma volta no quarto, foi à varanda. Nada, nada que pudesse ser feito àquela hora da madrugada. Pensou em tomar um café, mas lembrou que isso ajudaria apenas no passeio do seu sono. Desistiu. Sentou-se na cama. Olhou pro teto, lembrou de coisas antigas, como seu aniversário de quinze anos, das daminhas, do lindo e gigante bolo, da valsa com seu pai falecido, sentiu saudades. Lembrou também de sua formatura do ensino médio, dos amigos deixados na pequena cidade, de quando passou no vestibular e da imensa alegria de sua mãe que agora ainda estava lá, na mesma pequena cidade onde deixou seus amigos, naquela cidadezinha que sabia que não era mais dela e que nunca mais voltaria a ser, tinha medo é que os amigos e a mãe também não fossem mais seus, mas preferiu não pensar nisso naquele momento.
Foi à sua estante, procurou um livro ainda não lido e percebeu que precisava ir à livraria urgentemente. Olhou as horas no celular ( seu relógio havia caido na privada. Quanta desatenção da parte de Ana, não acha? ). Eram 05:18hs. O dia começava a nascer. Ana então sentiu vontade de nascer junto com ele, de se renovar, de voltar ao passado e àquela cidadezinha no interior que agora não era mais sua. Não pôde. Tentou ver tevê. Nada lhe agradou. Quis gritar, chamando  seu sono de volta, dizendo que a hora do passeio já havia acabado, mas lembrou que tinha vizinhos. E quão chato eram seus vizinhos. Não podia sequer levar um rapaz para, de repente, quem sabe, dar uma galopada à noite, gemer, gritar, gozar. Até disso eles reclamavam. "Que saco", pensou Ana. E por falar em rapaz, em galopar, em gemer, gritar e em gozar, lembrou-se de Luís. É aquele P.M. mesmo, sentiu saudades. Saudade do dia que se conheceram (não na cidadezinha que não pertencia mais a ela), ali em algum bar que não mais se recordava. Cruzou as pernas e sentou-se à mesa, foi isso que ele disse que chamou sua atenção,  "meu jeito charmoso de sentar-me à mesa e de cruzar as pernas, ali sozinha, com os meus cabelos encaracolados, compridos e loiros. Eu ri. É. Ri! Não sei se ele gostou do meu riso, pode ter achado um deboche. Mas não era. Ri pela sua cara de tarado que fazia quando dizia do meu jeito de cruzar as pernas. Ahh, Luís. Que falta eu sinto do fim daquela noite. Aquela sua boca animando minhas íntimas partes, aquele seu suor escorrendo pelo meu corpo, eu te sentindo, você se deleitando com meus cabelos encaracolados, compridos e loiros", Ana já começava a se acariciar com aqueles pensamentos. UFA, quantas lembranças que Ana possuía. Achou melhor não mais pensar nisso, afinal estava sozinha, sem aquele moreno, pedaço de mal caminho que era  Luís. Não queria passar o resto da madrugada cansando seu dedo indicador.
Deitou-se à cama. Pensou mais um pouco. Em como sua vida tinha mudado após crescer, amadurecer. Não queria ter amadurecido tão precoce, acha que perdeu um pouco de sua adolescência preocupando-se com  seu futuro. E agora ela sente saudades, é só isso. Saudades de tudo. E quanto isso dói, fere do jeito mais cruel a alma e o coração de Ana. Então ela chora, chora baixinho por causa de seus vizinhos chatos. E  seu choro é  suficiente pra fazer seu sono retornar do passeio.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Diferentes vidas, amores iguais. - Parte 2


Laila e Taylor se reencontraram. Dessa vez ela teve a certeza dos seus sentimentos. São verdadeiros, verídicos, fortes e inabaláveis. Porém não são da mesma forma dos de Taylor. Esse a ama com voracidade e diz nunca desistir de Laila. Isso a deixa feliz por um certo ponto, mas a entristece por saber que não pode amá-lo da mesma maneira.
Mas enfim, Laila sabe que nunca o esquecerá. Seu espaço está reservado por tempo eterno. Ela teve que superar mais uma vez  seu medo. Enfrentou a sua nova vida. Não sabe ainda no que vai dá, é tudo muito recente e ela ainda se sente só, mais que nunca, ela está só. E quando se deu conta disso, as lágrimas tremeram em suas pálpebras, quiseram explodir, correr, derramar-se, e foi isso que fizeram. Molharam a face de Laila como nunca tinham feito antes. Continuam a rolar e começam a dizer que não sabem quando cessarão. Com isso, o pavor das novas vidas invade a alma de Laila e a deixa nervosa, suada, trêmula. Ela seguirá em frente - como sempre -, mas pede força a todos que possam ajudá-la. Laila não sabe se irá resistir, se continuará a respirar, pois as lágrimas começam a engasgar-lhe de tão desesperadas para sairem dos tristes olhos da pequena Laila.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tuas transformações.


TIRE SEUS OLHOS DE MIM!
Cansei de carregar o fardo pesado que é a sua consciência, tuas palavras, o teu ser.
Largue-me, não volte, esqueça-me, desapareça.
Teu cheiro foi transformado em odor puro, forte e insuportável.
Teu sorriso, agora é a mais completa falsidade que alguém pode se envolver.
Tua face é a mais feia e triste que já vi.
Essas tuas transformações me fazem ir além do meu sentimento, transforma o meu amor em mais inteiro ódio. Nada mais será igual, mesmo sabendo que a saudade chegará, baterá forte e me fará sofrer. Sim, sofrer. Sofrer mais, ainda mais.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Devaneios torturantes.


Aquela noite seria difícil conseguir dormir. Júlio sabia muito bem disso. Os seus pensamentos andavam soltos e ele começava a escutar passos, sentir medo, tremer, não respirar. Queria sumir (ou morrer, se melhor fosse), não sabia o que estava acontecendo com sua cabeça, com sua mente que andava tão vazia, tão apagada. Júlio suava, sentia-se gélido e pálido. Quem estava a chegar? Quem entraria pela porta?
Ele então se encolheu, debruçou-se entre as pernas, abaixou sua cabeça, chorou, gritou, tentou se abraçar, aquecer-se e ninguém entrou. Porém os passos continuavam se aproximando, continuavam a aumentar o medo de Júlio. Então correu. Correu pra outro aposento, como se aquele canto fosse destruir, mandar embora, matar todas as suas fantasias. Não foi assim.
Vozes começaram a soar nos ouvidos de Júlio e ele tremeu ainda mais. Não sabia o que fazer. Os devaneios torturantes apareciam toda noite e ninguém podia ajudá-lo.
Ele desejava apenas que aquilo o deixasse. Não queria compartilhar suas loucuras com ninguém. Sentia mais medo só de pensar nisso.
Mas enfim, Júlio sabe que tudo isso continuará por algum tempo. Ele sabe qual é o seu problema, mas este, ele diz não revelar a ninguém.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lou - CURA !


Fred era alto, homem robusto, cabelos pretos e sorriso branco. Um homem bonito, com a mente aberta, porém confusa, com uma vida atordoada e sem destinos.
Mais uma vez Fred tomou uma decisão. Quis partir, mesmo tendo que carregar a saudade nas mãos . Não sabia pra onde iria e como se sustentaria, ele tinha a noção de que sua atitude era louca e ingênua. Partiu sem nada saber, quis mudar, sumir, morrer. A vida complexa de Fred é inenarrável, inexplicável. Sentia dores frequentes e fortes, sem motivos, sem soluções. Possuia ( SIM! possuIA - passado )o desejo de ter alguém do seu lado. Agora, queria se sentir solitário e ouvir a voz que de algum canto do mundo soprava algo misterioso nos seus ouvidos. Como alguém pode querer estar na solidão ? NÃO SEI! Mas era assim e não tinha quem o fizesse mudar de ideia.
Nesse momento, Fred está sentado, na mesa da cozinha, em mais uma casa desconhecida, tomando um café forte e amargo - porém o seu preferido -, pensava se queria continuar a sua jornada. Mas como continuar? Para onde ir? 

- Ah Fred. Não é você o louco. O mundo é que não está tão normal. Acalme-se, você deve continuar, mesmo sem saber pra onde e como ir. Será sempre assim: um caminho sem fim, uma dor sem cura, um olhar não fixo, lágrimas que não secam. A tendência é assim continuar, ou piorar. É a vida, é o mundo. Nem todos possuem o mesmo pensamento que você. Alojam-se em um único lugar e por ali permanecem eternamente. Juntando bens, aumentando suas riquezas, seu ego, sua falsa felicidade. Não buscam mais o caminho para trilharem. Eles mesmos criam um. Não se engane, caro Fred, mas também não desista. Você é único, sim, mas com certeza, pode abalar o mundo. (yn) -

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Queridas vidas,


Sinto-me honrada em poder falar com as senhoritas, senhoras, não sei. Perdoem-me por ter escrito à todas, mas é que eu não quis ser mesquinha ao vir agradecer somente pela minha vida e pedir coisas somente para mim. Então decidi confundi-las ao ler minha carta quando estiverem tentando descobrir de qual vida estarei me referindo, espero que consigam. ( Boa sorte! )
Primeiramente, quero agradecer por todas as vidas existentes e por todas que também já se foram, afinal essas escreverem uma história e deixaram saudades para alguém. Agradeço também pelas vidas que possuem um teto, um alimento diário, filhos, alegria, bom humor, paciência, entre outras tantas mil qualidades. E rogo por aquelas que nada disso possuem, principalmente um teto para serem encobertos, alimentos para sorrirem mais. A cada dia vejo mais situações assim e isso me faz sentir egocêntrica. A mídia todos os dias anuncia uma morte causada pela fome ou pela chuva que insiste em destruir os pobres casebres. É tudo tão trágico, lindas vidas. Mas mudando de assunto, quero voltar a agradecer pelas festas, férias e o retorno a uma atividade.
Enfim, quero pedir paz. Não só a mim, a todos, ao mundo. Peço-lhes que sejam humildes conosco. Mais uma vez peço desculpas por tanto pedir, mas tudo que for possível eu agradeço ( mesmo sem aqui mencionar ). Obrigada pelo precioso tempo de vocês, queridas. Imagino o quanto devem ser disputadas.

Mais uma vez agradeço,
Miriane.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Diferentes vidas, amores iguais.

Mais uma vez ela, Laila, teve que "começar" mais uma nova vida. Foi como nascer novamente ( ou ressucitar, não se sabe ), porém Laila não queria fazer isso, afinal ela já estava exaurida. Mas não teve escolha. Lá foi ela, com a cabeça erguida - ela sempre estava assim - não olhou para trás e confiou em si mesma.
Durante muito tempo Laila ficou receosa, teve medo de sofrer como nas suas "outras vidas", teve medo de não se aguentar de tanta saudade, medo de não alcançar seus objetivos, apesar de saber que ela nunca desistiria se isso vinhesse a acontecer. Mesmo assim ela teve medo de não encontrar pessoas acolhedoras, sinceras. Ah se Laila soubesse que isso não ia existir, ela não teria sentido tanto medo e teria seguido em frente muito antes.
Laila teve a sorte de encontrar muita gente, mas dentre essas, uma foi especial. Taylor é o nome dele. Acho que ela nunca se esquecerá de todos os momentos compartilhados, embora poucos, mas tão intensos, tão verdadeiros.
Foi em mais um dia de luta que Laila encontrou Taylor. Quieta, ouvindo atenciosamente ao que seu mestre falava, ela se deu conta da presença de uma pessoa nova naquela sala. Alguém diferente de todos, com uma atenção ( ou desatenção ) nunca vista antes. Ele possui um estilo próprio, gírias próprias, olhar marcante, olhar esse que Laila sabe que NUNCA vai esquecer, olhar profundo e verdadeiro que depois de algum tempo ela começou a encontrar o consolo.
Por alguns dias, Laila e Taylor trocaram olhares, sentiram-se tímidos, mas de alguma forma intímos também. A curiosidade instigou os dois. Não aguentaram. Puxaram assunto, o qual nem me lembro mais, riram, conheceram-se, gostaram-se, grudaram-se. Depois daquele dia, Laila e Taylor não mais se esqueceram. Mas como toda história que até hoje ouvi, que li ou que presenciei, não tiveram um final feliz. Não sei narrar o sentimento que um sente pelo outro até hoje, amizade, amor, paixão, piedade, gratidão pela companhia, na verdade acho que é uma relação que abrange todos eles. Infelizmente, depois de muito tempo, tiveram que se separar. E mais uma vez eu não sei o por quê. Talvez destino, talvez uma opção dos dois. Eu só sei que eles sentirão algo um pelo outro eternamente, mesmo que não se encontrem mais, mesmo que não se falem mais, o sentimento permanecerá! E a cada reencontro este aumentará, aumentará.
Posso dizer apenas pela parte de Laila, pois desta estou mais próximo, ela sente muita falta das conversas, dos abraços, das saídas curtas, mas inesquecíveis, dos risos por nada, do sincero olhar, do consolo sempre dado. Ela sonha com a volta de Taylor. A cada noite, ela sonha com um sorriso seu, com uma palavra dita, ela sonha com ele e sonha com os seus cabelos tão diferentes e bonitos.
Laila só deseja mais uma coisa, que sua vida não volte a nascer, mesmo sabendo que daqui a pouco isso acontecerá; ela está sentindo o mesmo medo de antes, não quer encontrar e separar mais uma vez de um novo Taylor.
Quanto sofrimento há nas vidas de Laila.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estranheza.

Poderia falar sobre a vida, os romances, a política, a violência ou muitos outros assuntos, mas, infelizmente, hoje, nada conseguirá destruir algo misterioso e inexplicável que reside em mim.
As flores, o vento, o sol e o céu, nada está igual. Tudo saiu dos seus eixos. Tudo permanece estranho.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Say no!


Foi em um domingo escuro e frio. Ela achava que aquele seria mais um domingo normal, mas não, foi o dia que mudou sua vida, transformou as pessoas ao seu redor e a deixou confusa, depressiva e triste.
Ela agora perambula pelas ruas, acha que isso sempre vai acontecer, mas não tem força para enfrentar seu problema, não consegue conversar e sempre foge da realidade.
Ao seu lado, as pessoas também estão confusas. Afinal, todas querem ajudar, mas a própria não quer ajuda. Todos procuram solução, mas essa só depende dela.
Para ela, os dias continuaram escuros e frios, não adiantará o sol brilhar e convidá-la para sair. O vazio tomou conta de seu corpo, coração e mente. Nada mais alegrará o seu ser inconsciente.
Agora, todos ficarão aqui, lamentando-se e preocupando-se a cada novo amanhecer.
Isso é tão triste.

domingo, 23 de janeiro de 2011

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Who Knew - Pink

Você pegou na minha mão, você me mostrou como
Você me prometeu que ficaria por perto,
Aham... Tá certo
Eu absorvi suas palavras e eu acreditei
Em tudo, que você me disse,
É, aham... Tá certo
Se alguém dissesse há três anos, que você iria embora
Eu me ergueria e socaria todos eles, porque eles estariam errados
Eu sei melhor que eles, porque você disse "para sempre"
"E sempre", quem diria...
Lembra-se quando nós éramos tão bobos
E tão convencidos e tão legais,
Oh não... Não não
Eu queria poder te tocar de novo
Eu queria poder ainda te chamar de amigo
Eu daria qualquer coisa
Quando alguém disse "seja agradecido agora, antes que eles estejam muito longe"
Eu acho que eu não sabia, eu estava totalmente errada
Eles sabiam melhor que eu, ainda sim você disse "para sempre"
"E sempre", quem diria
Eu te manterei trancado em minha mente
Até nós nos encontrarmos novamente
Até nós...
Até nós nos encontrarmos novamente
E eu não te esquecerei, meu amigo
O que aconteceu?
(...)
Aquele último beijo, eu vou valorizar, até nós nos encontrarmos novamente
E o tempo torna tudo mais difícil, eu queria poder me lembrar
Mas eu mantenho sua memória, você me visita enquanto durmo.
(...) "

Ao ouvir essa música (em inglês) pela primeira vez, imaginei tanta coisa que seria impossível dizer aqui.
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Muitas coisas aconteceram nesses últimos dias e por esse motivo demorei tanto pra vir aqui. Não sei o que dizer. Queria conseguir expulsar o que estou sentindo, mas não consigo. É inexplicável.
Não consigo deletar da memória as histórias que me fazem mal. Acho que não conseguirei nunca. Quando menos espero, as lembranças invadem minha mente e me atormentam. Então eu vou tentar viver dia após dia, vou ver o que acontecerá, vou esperar as coisas boas chegarem. É assim que deve ser!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Um desabafo.



Enfim, hoje tive como respirar calma e tranquilamente.
Terminei uma maratona e acho que sai campeã dela. Obtive vitórias e acima de tudo muitas experiências boas e ruins, mas todas elas somaram algo a minha vida.
Viajei, conheci lugares, pessoas, algumas deixaram meu coração alegre e confortável pelo fato de serem tão felizes e tão honestas, por saberem viver; outras, fizeram-o pular de medo, encolher-se, deixando-me incrédula. Tanto sofrimento, tão poucos piedosos, acolhedores. Não sei se entenderão o que desejo falar, mas as coisas acontecem tão perto de nós que acabamos evitando, ou melhor, crendo que nada existi por aqui. Não sei o que ocorre conosco. Tudo acontece repetitiva e exaustivamente, mas fechamos os olhos e acabamos acreditando que não acontecerá de novo. Mas não, repetiu-se, repetir-se-á. E conosco, nada muda.

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Chuva, chuva, lágrimas, mais chuva, sofrimento, desespero, perdas irreparáveis, choros incontrolados, mortes. Jesus, o que está acontecendo? Mas, calma! Isso não aconteceu a pouco tempo? Sim, porém elas continuam lá, no mesmo lugar, correndo o mesmo risco.
- E pra onde você quer que eu vá? Não tenho condições.
Ahh, quantas vezes iremos ouvir isso? Quantas vezes assistiremos as mesmas coisas nos telejornais? Quantas vezes os políticos farão promessas e por quantas vezes mais essas não serão cumpridas?
Poxa, quantas perguntas sem respostas!
Então, continuemos aqui, esperando que água não caia do céu e que mais casas não caiam e que mais gente não morra e que mais muitas coisas não aconteçam. 
Então continuemos aqui, esperando por um milagre. =/

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ser como tu.


Lua, querida Lua.
Quantas pessoas gostam de ti, eu sou apenas mais uma.
Você nunca incomoda e isso me faz sentir inveja de ti. Quando é um sol, reclamam que está muito quente, muito calor. Quando aparece a chuva, não nos deixa sair de casa, deixa o dia mais triste e faz frio. Mas tu, tu és sempre bela. Sempre ilumina a noite e encanta os apaixonados. Leva nossos pensamentos e muitas vezes traz soluções. Quando não vens, sentimos falta do teu brilho. Ahhh ... Como eu desejo ser igual a ti, querida Lua. Está sempre bem e aponta nos outros esse mesmo sentimento. Consegue dividir o tempo com o sol e não se sente menosprezada quanto a isso. Tu és um dos exemplos mais belos que devíamos seguir. Não  importa o acontecimento do dia anterior, do mês anterior, das horas passadas, ou sei lá de quando, você sempre aparece, sempre bem vista, sempre fazendo as pessoas se sentirem felizes com sua presença.
Tu me cativas e sei que há muitas outras pessoas que assim também se sentem por ti. Continuarei tentando ser como tu és : Linda, bem vista, esperada todos os dias, amada por todos!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tipo, as coisas não vão bem.
Eu tento me esforçar, tento desabafar, mas não sai como eu queria. Não consigo mais expressar o que sinto, e isso é assustador.
Às vezes eu busco no fundo da alma, mas não da minha. Busco no fundo dos olhos e não consigo enxergar, não consigo descobrir. Há algo misterioso e de dificil acesso que acaba bloqueando o desejo que tenho de expulsar esse sentimento que vem corroendo profundamente o sonho que um dia tive.
Eu não sei. Estou tentando levar a vida, empurrar meu barco. Está dificil. Sempre pensamos positivo, mas excesso de otimismo chega a ser tolice, ingenuidade. E é isso, continuarei levando um dia após o outro, é assim que deve ser e esperarei o tempo passar, o tempo curar a minha dor. Uma dor que frequentemente desaparece, mas ao retornar me tira o chão, rouba-me o ar. Eu estou tentando, estou lutando! Acredite em mim.