domingo, 15 de julho de 2012

Pobre moça.


As lágrimas da pobre moça ainda encontravam o chão.
Aquilo tudo tinha se tornado repetitivo e cansativo demais para uma pessoa só. Resolveu, então, compartilhar e chorar junto com quem nem podia sequer contar. Guardar para si era como uma tortura contínua, sem fim.
Quais mais provações iriam passar por aqueles olhos? Pobre moça!
Olhos fundos, negros, sem brilho algum. Pobre moça. Coração vazio, coração seco, com dor.
Queixo trêmulo, lábios murchos, cheios de amor.
Que ao menos voltasse, por um instante, para o adeus final, mais um final. Que agora fosse de verdade. Que partisse sem maldade, sem vontade de voltar, de amar, de olhar, de chorar, de desejar. Desejar o beijo por mais um dia. O corpo por mais uma noite. Aqueles abraços para os tempos frios.
Descrever a saudade é difícil, mas compreendê-la é muito mais.
Fecha os olhos, pobre moça. Reze mais uma vez e sonhe com o fim de toda a tua dor.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Hora certa.


Olha lá a sua hora chegando, querida. Mais um pouco e o ponteiro bate no ponto certo.
Acalma teu coração, repreende as tuas lágrimas e não deixe que elas caiam novamente. Os motivos estão antigos demais para te deixar tão infeliz.