terça-feira, 19 de abril de 2011

O de sempre.

Procurei algo para ser feito naquela manhã gélida e escura. Ninguém presente para ouvir minhas aflições. Nenhum objeto que pudesse ser capaz de atrair minha atenção. Nenhum cheiro que me fizesse delirar. Um nada. Um oco.
Aqueles últimos dias tinham sido o ápice da depressão. Aquela chuva fininha me matava de saudade, aquele vento frio me lembrava dos abraços e cobertores que repartíamos. Nada agora poderia explicar aqueles sentimentos que perambulavam pela minha mente sem me deixar pensar.
Na verdade, os ruídos existentes eram só o da minha respiração. Meu coração não mais batia, meu sangue não mais corria pelas veias. Tudo ficou estático. Sem motivação para realizar seu traballho vital dentro de mim. E era assim, realmente, que eu me sentia. Morta.
É, eu, mais uma vez, estou falando de saudade.

6 comentários:

Camila Alves disse...

Acho que a saudade sempre será um tema presente... Nunca falta, nunca acaba.
Mas melhor do que a saudade é o reencontro. :]

Beijos linda!

Lê Fernands disse...

a saudade não cura, não acaba, mas fica quietinha sem nos machucar se a deixarmos de lado...

não é fácil, mas é possível!

Leonard M. Capibaribe disse...

Como não falar de saudade? Essa constante nas nossas vidas? Saudade é um dos temas que gosto mais, mas também é um dos mais dolorosos realmente. Gostei das suas palavras. Muito bom!

Canteiro Pessoal disse...

É fundamental ter a dose de saudade na medida certa.

Abraços

Priscila Cáliga

Anônimo disse...

Que lindo texto, profundo
Quem não sente saudade de alguém?

Feliz Páscoa!

bjuss*

Garoto Lunático disse...

=/

a saudade dói.

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